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Aroeira-vermelha ( португалски )

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Aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira ou poivre-rose são nomes populares da espécie Schinus terebinthifolia, [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] árvore nativa da América do Sul da família das Anacardiaceae.

Outros nomes populares: aguaraíba, aroeira, aroeira-branca, aroeira-da-praia, aroeira-do-brejo, aroeira-do-campo, aroeira-do-paraná, aroeira-mansa, aroeira-negra, aroeira-precoce, aroerinha-do-iguapé, bálsamo, cambuí, fruto-do-sabiá.

Características

Árvore de porte médio, dioica, de folhas compostas, aromáticas. Flores pequenas em panículas, fruto tipo drupa, vermelho-brilhante, aromático e adocicado. Reproduz-se por sementes ou por estacas. Altura de 5-10 metros, com tronco de 30 a 60 cm de diametros revestido com casca grossa. Folhas compostas imparimpinadas, fortemente aromáticas, geralmente com sete foliolos de 3-7 cm de comprimento por 2-3 cm de largura. Influrescências paniculadas axilares e terminais, com flores pequenas de cor embranquiçadas. Os frutos são drupas globosas de cor vermelho brilhante quando maduras. Floresce principalmente durante os meses de Setembro – Janeiro e frutifica predominantemente no período Janeiro-Julho.

Polinização

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A vespa Mischocyttarus rotundicollis transportando grãos de pólen de aroeira-vermelha Schinus terebinthifolius

A espécie é generalista quanto aos polinizadores, possuindo uma vasta gama de vetores de pólen, sendo em geral polinizada efetivamente por algumas espécies de abelhas e vespas e potencialmente por diversos outros insetos. [8] [9]

Ocorrência

Em boa parte da América latina, no Brasil desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, em várias formações vegetais, sendo mais comum em beiras de rios.

Variedades da Schinus terebinthifolius:

  • Schinus terebinthifolius var. acutifólia - Engl. Fl. Bras. 12(2): 284 1876
  • Schinus terebinthifolius var. damaziana - Beauverd Bull. Herb. Boissier, sér. 2,5: 40 1905
  • Schinus terebinthifolius var. glazioviana - Engl.
  • Schinus terebinthifolius var. pohlianus – Engl. Fl. Bras. 12(2): 384 1876
  • Schinus terebinthifolius var. raddiana - Engl. Fl. Bras. 12(2): 384 1876
  • Schinus terebinthifolius var. rhoifolia - (Mart.) Engl. Fl. Bras. 12(2): 384 1876
  • Schinus terebinthifolius var. selloana - Engler in Mart. Fl. Bras. 12(2): 385 1876
  • Schinus terebinthifolius var. terebinthifolia
  • Schinus terebinthifolius var. ternifolia

Usos

A aroeira-salsa e a aroeira-pimenteira são usadas em culinária, recebendo o nome de pimenta rosa, um tipo de pimenta doce.

Usada em medicina popular. Indicada medicinalmente no tratamento da artrite, febres, ferimentos e reumatismos. Ávila registra os seguinte usos etnofarmacológicos: anti-inflamatória, antiespasmódica, tônica, vulnerária, diurética, antileucorreica, emenagoga, adstringente, cicatrizante, balsâmica e bactericida. Assinalando ainda que com a resina azulada da casca os jesuítas preparavam o “balsamo das missões” de uso corrente entre a população cabocla [10]

De acordo com Guilherme Piso (1611 - 1678) a aroeira ou lentisco é semelhante à Murta europeia e à Molle dos peruanos tendo também propriedades comuns com o Araçá e outros vegetais adstringentes e odoríferos, sendo sua peculiaridade a emanação de uma resina fragantíssima da qual se prepara um emplastro contra as afecções frias. [11] Segundo ele extrai-se também, um óleo de suas bagas suculentas, que serve para o mesmo emprego da resina com qualidades aromáticas e quentes. Da destilação de suas folhas frescas se extrai uma água odorífera e adstringente que …”se conserva tanto para expulsar as afecções do corpo como para o luxo”.

No Brasil registra-se ainda nos candomblés jêje-nagôs o uso da aroeira comum ou aroeira-vermelha, onde é conhecida pelos nomes de àjóbi (àjóbi oilé e àjóbi pupa) seu uso nos sacrifícios de animais quadrúpedes em ebós e sacudimentos além do emprego medicinal como antirreumático, contra feridas, inflamações, corrimentos e diarreias. [12] Barros e Napoleão, 1999 (o.c.) a definem como uma planta associada aos Orixás, Oçânhim, Ogum e Exu, ou seja suas características correspondem às características destes orixás enquanto categorias de classificação do pensamento mítico. Observa-se, segundo os referidos autores a crença de que pela manhã seja atribuída a Ogum, e pela tarde pertence a Exu sendo ainda utilizada na vestimenta de Oçânhim estabelecendo-se desse modo o nexo entre essa planta e o conjunto das narrativa míticas ao que se somam as observações adquiridas por outras comparações com vegetais de origem africana, similares as que faziam os antigos herboristas, somadas às experiências de uso secular.

Referências

  1. «Flora do Brasil»
  2. «Missouri Botanical Garden». Consultado em 29 de junho de 2017
  3. «The Plant List». Consultado em 29 de junho de 2017
  4. «Australian Plant Name Index (APNI)». Consultado em 29 de junho de 2017[ligação inativa]
  5. «SEINet». Consultado em 29 de junho de 2017
  6. «Conservatoire et Jardin Botaniques Ville de Genève». Consultado em 29 de junho de 2017
  7. «REFLORA». Consultado em 27 de junho de 2017
  8. Rafael Barbizan Sühs, Alexandre Somavilla, Andreas Köhler, Jair Putzke (2009). «Vespídeos (Hymenoptera, Vespidae) vetores de pólen de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae), Santa Cruz do Sul, RS, Brasil». Revista Brasileira de Biociências 7, n. 2, p. 138-143. Consultado em 29 de junho de 2017 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  9. Alexandre Somavilla, Rafael Barbizan Sühs, Andreas Köhler (2010). «Entomofauna associada à floração de Schinus terebinthifolius Raddi (Anacardiaceae) no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil». Bioscience Journal. Consultado em 29 de junho de 2017 !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  10. Ávila, Luís C.; Lima, Ângela (2008). Índice Terapêutico Fitoterápico (ITF), Ervas Medicinais. [S.l.]: Petrópolis, RJ, EPUB !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)
  11. Piso, Guilherme (1957). História natural e médica da Índia ocidental (1658). [S.l.]: RJ, MEC Instituto Nacional do Livro
  12. Barros, José Flávio Pessoa de; Napoleão, Eduardo (1999). Ewé Òrìsà. Uso Litúrgico e terapêutico dos Vegetais nas casas de candomblé Jêje-Nagô. [S.l.]: RJ, Editora Bertrand Brasil !CS1 manut: Nomes múltiplos: lista de autores (link)

Bibliografia complementar

  • Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6
  • Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 4ª. edição. ISBN 85-86174-16-X

Ver também

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Aroeira-vermelha: Brief Summary ( португалски )

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Aroeira-vermelha, aroeira-pimenteira ou poivre-rose são nomes populares da espécie Schinus terebinthifolia, árvore nativa da América do Sul da família das Anacardiaceae.

Outros nomes populares: aguaraíba, aroeira, aroeira-branca, aroeira-da-praia, aroeira-do-brejo, aroeira-do-campo, aroeira-do-paraná, aroeira-mansa, aroeira-negra, aroeira-precoce, aroerinha-do-iguapé, bálsamo, cambuí, fruto-do-sabiá.

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