Tabebuia, conhecido popularmente como ipê, pau-d'arco, peúva, ipé,[1] ipeúna,[2] e paratudo[3], é o gênero neotropical mais comum da família Bignoniaceae.Atualmente, a maioria das espécies de ipês brasileiros está incluída no gênero Handroanthus, e não mais no gênero Tabebuia.
"Ipê" e "ipé" provêm do tupi ï'pé, "árvore cascuda".[1] "Pau-d'arco" é uma referência a seu uso pelos povos indígenas do Brasil como matéria-prima para confecção de arcos.[4] "Ipeúva" provém do tupi ip'ïwa, "árvore da casca".[4][5]
As árvores do gênero são de grande porte, decíduas. Possuem copas abertas e irregulares nos indivíduos jovens, enquanto, nos adultos, são arredondadas e elevadas. Seus troncos têm cor parda-escura. Os ritidomas são longitudinais, sulcados e fissurados transversalmente nas plantas adultas, apesar de serem lisos nas jovens.
As folhas são opostas cruzadas, compostas, digitadas com cinco folíolos, coriáceos, pubescentes em ambas as faces, oblongas, de base arrendondada ou cuneada, quase truncadas. As flores apresentam-se em tríades em conjuntos de inflorescências róseo-violáceas. Os frutos são de até 30 centímetros, deiscentes, cilíndricos. Suas sementes têm até dois centímetros e são aladas, sendo inúmeras por fruto.[6][7]
Por sua grande variedade de espécies, autores sugeriram a revisão do gênero, de forma que ele fique restrito a árvores de flores brancas a vermelhas e que as espécies de flores amarelas, com folhas pilosas, e de madeira dura (contendo lapachol), passem a pertencer ao gênero Handroanthus.[8]
São 74 espécies reconhecidas,[9] com várias cores de flor. Nem todas são conhecidas popularmente como "ipê".[10][11][12][13]
Tabebuia aurea em Calcutá, em Bengala Ocidental, na Índia
Tabebuia impetiginosa em Corrientes, na Argentina
Tabebuia avelandae em Salvador, na Bahia, no Brasil
Tabebuia apricot no arboreto do Condado de Los Angeles, em Arcadia, na Califórnia, nos Estados Unidos
As espécies deste gênero são importantes para obtenção de madeira usada para mobília e outros usos ao ar livre. É mais densa do que a água.
É cada vez mais popular como um material de deques devido a sua resistência contra insetos e sua durabilidade. Em 2007, a madeira certificada do ipê tinha se tornado prontamente disponível no mercado, embora os certificados fossem forjados ocasionalmente.
O ipê é amplamente utilizado como a árvore decorativa nos trópicos em jardins, nas praças públicas e bulevares devido à sua florescência impressionante e colorida. As flores aparecem no fim do inverno, junto com o período de queda das folhas. São úteis como plantas de mel para abelhas, e são popular com determinados colibris. A casca de diversas espécies tem propriedades medicinais. A casca é seca e fervida, produzindo fazendo um chá amargo ou ácido: o chá da casca interna de ipê (T. impetiginosa). É um remédio erval usado tipicamente durante a gripe e a estação fria, facilitando, ainda, a tosse do fumante. Trabalha aparentemente como expectorante, estimulando, através da tosse, que os pulmões se livrem do muco contaminado.
As flores do ipê branco e amarelo podem ser utilizadas na alimentação tanto cruas quanto cozidas/fritas.[14]
São dotadas de lenho muitíssimo resistente à putrefação. Sua madeira é muito dura e resistente: é branca, levemente rosada, uniforme, leve, macia e durável, própria para marcenaria fina.
Tabebuia, conhecido popularmente como ipê, pau-d'arco, peúva, ipé, ipeúna, e paratudo, é o gênero neotropical mais comum da família Bignoniaceae.Atualmente, a maioria das espécies de ipês brasileiros está incluída no gênero Handroanthus, e não mais no gênero Tabebuia.