Basellaceae é uma família de plantas com flor dicotiledóneas da ordem Caryophyllales que agrupa 25 espécies, distribuídas por 5 géneros. São herbáceas, perenes e tuberosas ou rizomatosas, originárias das regiões tropicais e subtropicais da América e África.[3] A família inclui algumas espécies com interesse económico como planta ornamental (Anredera cordifolia) e para produção alimentar (oluco e bertalha).
As espécie integradas na família Basellaceae são ervas, trepadeiras, escandentes ou rastejantes, perenes a partir de caudices ou tubérculos, sub-suculentas, mucilaginosas, geralmente glabras. São plantas hermafroditas ou por vezes funcionalmente dioicas.
As folhas são alternas ou sub-opostas, simples, inteiras ou raramente apiculado-dentadas, suculentas, sem estípulas.[4]
As flores agrupam-se em inflorescências do tipo espiga, rácimo, panícula ou cime, terminal ou axilar. As brácteas são pequenas, envolvendo o pedicelo ou localizadas imediatamente abaixo das bractéolas quando as flores são sésseis. As bractéolas são 4, em 2 pares opostos localizados na base do cálice, as do par superior sepaloides.[4]
As flores são actinomorfas, com cálice gamosépalo, (4–) 5 (–13)-lobado, com os lobos imbricados, esbranquiçados ou por vezes coloridos, persistentes no fruto. As pétalas estão ausentes. Apresentam um disco nectarífero anular, intra- o extra-estaminal. Os estames são (4–) 5 (–9), opostos aos lobos do cálice, filamentos fundidos na base, anteras basifixas o dorsifixas, ditecas, com forma de deiscência variada.[4]
O ovário é súpero, unilocular, com placentação basal, com um único óvulo, anátropo a campilótropo, com um único estilete, indiviso a trífido ou com 3 estiletes.
O fruto é um utrículo mais ou menos rodeado pelo cálice persistente, frequentemente carnudo, e pelas bractéolas superiores. A semente é sub-esférica, o embrião anular e rodeado de perisperma ou torcido em espiral com o perisperma escasso ou ausente.[4]
A família Basellaceae está presentemente distribuída por todas as regiões tropicais e subtropicais, com centro de diversidade principal no Neotropis. Outra região de distribuição natural antiga são as regiões tropicais do leste da África, incluindo Madagáscar. Na Eurásia e Austrália as espécies existentes são neobiota, introduzidas por acção antrópica. A maioria das espécies ocorre em habitats secos, apresentando um grau variável, embora em geral ligeiro, de xerofilia.
Os géneros que presentemente integram a família foi inicialmente considerados por George Bentham e Joseph Dalton Hooker como pertencentes às Chenopodiaceae (1862–1883). Já Augustin Pyramus de Candolle e Alphonse Louis Pierre Pyramus de Candolle (1823–1873) e G. Nageshwar e M. Radhakrishnaiah (1993) integraram este géneros na família Portulacaceae. A publicação original da família Basellaceae, que de acordo com a regra da prioridade deve ser considerada como válida, ocorreu em 1837 na obra de Constantine Samuel Rafinesque-Schmaltz intitulada Flora Telluriana, 3, p. 44. Proposta similar foi publicada por Christian Horace Bénédict Alfred Moquin-Tandon em 1840. O género tipo da família é Basella L.
Os sinónimos taxonómicos para Basellaceae Raf. são Anrederaceae J.Agardh e Ullucaceae Nakai.[5][6]
Dentro da ordem das Caryophyllales, a família Basellaceae, na sua presente circunscrição taxonómica, forma um clade com as famílias Halophytaceae, Didiereaceae e Montiaceae. O clade assim formado apresenta uma relação filogenética próxima com as Cactaceae, Portulacaceae, Anacampserotaceae e Talinaceae.
A actual circunscrição taxonómica da família Basellaceae, que permite que seja considerada monofilética, limita a família a 4 géneros, agrupando 19 a 25 espécies:[5][7][8]
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ignorado (ajuda) |FamilyNr=
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ignorado (ajuda) Basellaceae é uma família de plantas com flor dicotiledóneas da ordem Caryophyllales que agrupa 25 espécies, distribuídas por 5 géneros. São herbáceas, perenes e tuberosas ou rizomatosas, originárias das regiões tropicais e subtropicais da América e África. A família inclui algumas espécies com interesse económico como planta ornamental (Anredera cordifolia) e para produção alimentar (oluco e bertalha).