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Benedito-de-testa-amarela ( البرتغالية )

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O benedito-de-testa-amarela,[2] bereré, pica-pau-do-mato-virgem ou rididico (nome científico: Melanerpes flavifrons)[3] é uma espécie de ave da família dos pica-paus (picídeos). Pode ser encontrada no extremo nordeste da Argentina, no Brasil e no Paraguai. Seus habitats naturais são tropicais húmidos, florestas subtropicais de várzea e florestas degradadas. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, a situação da espécie é pouco preocupante.[1]

Descrição

Este pica-pau se destaca por ser colorido e mede por volta de dezoito centímetros de comprimento. A espécie não apresenta muitas distinções entre os sexos, exceto pela coroa e nuca. Essas regiões são vermelhas nos machos e preta azulada nas fêmeas. Ambos têm um coroa frontal amarela, bochechas, queixo e gargantas amarelos, além de uma larga faixa preta que vai da base do bico, passando pelo olho até a nuca. O preto predomina no mantos e nas asas superiores, enquanto o dorso e a garupa são brancos. A cauda também é preta, mas com algumas barras brancas nas penas externas. O peito é cinzento ou azeitona, a barriga vermelha e os flancos barrados a preto e branco ou preto e amarelo. A íris é preto-azulada e o anel orbital distinto é amarelado ou laranja. O bico é preto e as patas e pés castanho-azeitona. O juvenil é semelhante ao adulto, mas menos brilhante e mais castanho, com menos vermelho na barriga e na coroa.[4]

Distribuição e habitat

O benedito-de-testa-amarela é nativo do leste da América do Sul. Sua distribuição inclui o leste e sudeste do Brasil, leste do Paraguai e nordeste da Argentina, em altitudes que vão do nível do mar a cerca de 1 800 metros. É uma espécie residente não migratória e pode ser encontrada em áreas com pouca floresta, matas de galeria, florestas secundárias, palmeiras, pomares, jardins e parques, especialmente em locais onde árvores isoladas são deixadas em pé em uma área desmatada.[4]

Ecologia

A espécie tem uma dieta mista composta principalmente de bagas e frutos, mas inclui sementes, insetos e suas larvas. A reprodução ocorre entre os meses de janeiro e maio, na maior parte da faixa. Foram observados filhotes sendo alimentados com frutas, e tanto os insetos quanto as frutas às vezes são armazenados para uso posterior. Esta espécie é uma reprodutora cooperativa, com vários pássaros nidificando nas proximidades e alguns atuando como auxiliares não reprodutores.[5]

Conservação

O benedito-de-testa-amarela tem uma variedade muito ampla e é descrita como uma espécie bastante comum. Embora sua tendência populacional não seja conhecida, sua população total é grande e qualquer diminuição no tamanho é lenta. Por conseguinte, a espécie foi classificada como "pouco preocupante" na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN / IUCN).[1] No Brasil, em 2005, foi classificado como vulnerável na Lista de espécies ameaçadas de extinção do Estado do Espírito Santo;[6] em 2010, como vulnerável na Lista de Ameaça de Flora e Fauna do Estado de Minas Gerais;[7] e em 2018, como pouco preocupante na Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).[8][9]

Referências

  1. a b c BirdLife International (2016). «Melanerpes flavifrons». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2016: e.T22680828A92880914. doi:. Consultado em 16 de abril de 2022
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 175. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
  3. «Benedito». Michaelis. Consultado em 16 de abril de 2022
  4. a b Gorman, Gerard (2014). Woodpeckers of the World: A Photographic Guide. [S.l.]: Firefly Books. pp. 102, 117–119. ISBN 177085309X
  5. Winkler, H; Christie, D.A.; Bonan, A. «Yellow-fronted Woodpecker (Melanerpes flavifrons. Handbook of the Birds of the World Alive. Lynx Edicions, Barcelona. Consultado em 3 de maio de 2017. Cópia arquivada em 13 de julho de 2021
  6. «Espécies ameaçadas de extinção no Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 12 de abril de 2022
  7. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022
  8. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018
  9. «Melanerpes flavifrons (Vieillot, 1919)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SIBBr). Consultado em 16 de abril de 2022

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