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Sarda sarda ( Portuguese )

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Sarda sarda (Bloch, 1793) é uma espécie de peixes da família dos Scombridae.[1] A espécie é comum nas águas superficiais do oceano Atlântico, onde assume grande importância na pesca comercial e desportiva.

Nomes comuns

Dá pelos seguintes nomes comuns: sarrajão[2] (não confundir com o Diplodus cervinus, que consigo partilha este nome), bonito-do-atlântico[3], bonito[4][5](não confundir com a espécie Euthynnus pelamis, que consigo partilha este nome), sarda[6], serra[7][5] (também grafado cerda[5], na ilha da Madeira), gaiado[5](não confundir com a espécie Euthynnus pelamis, que consigo partilha este nome) e, no arquipélago de Cabo Verde, também pode ser conhecido como bonito-de-lombo-listado[5][8].

Descrição

Esta espécie pertence ao grupo de peixes possuidores de barbatanas dorsais quase fundidas entre si ou separadas por estreitos espaços intersticiais. O corpo é totalmente recoberto por escamas, com as escamas da área peitoral e lateral maiores do que no resto do corpo. Os peixes do género Sarda diferem dos atuns pela morfologia corporal mais afiladas, por serem desdentados e por apresentarem coloração corporal distinta. Dispõe de um dorso e parte superior do flanco de coloração azul-metálica, exornados com 5 a 11 riscas escuras, posicionadas na oblíqua, na parte superior do corpo. Nos espécimes juvenis estas riscas são mais verticais.[4]

No que toca à parte inferior do flanco e ao ventre, exibem uma coloração prateada.[4]

A sarda do Atlântico partilha boa parte da águas onde tem distribuição natural com a espécie próxima Sarda orientalis, com a a qual apresenta hábitos similares, mas sendo esta última espécie algo mais pequena e com distribuição mais setentrional. A espécie do Atlântico distingue-se das espécies próximas por apresentar uma faixa negra oblíqua no dorso e porque os seus maxilares só cobrem cerca de metade da largura da cabeça.

Os espécimes adultos atingem em média cerca de 50 cm de comprimento[7], sendo que o maior comprimento alguma vez registado ascendeu aos 91,4 centímetros[7]. Quanto aos pesos, costumam rondar os 4,5 a 5,5 kg,[9] sendo que o maior peso já registado se cifrou nos 11kg.[10] São poderosos nadadores capazes de percorrer rapidamente grandes distâncias. Quando em movimentação rápida costuma saltar acima da superfície das águas.

A espécie apresenta uma temporada de desova centrada no mês de Junho, sendo frequente encontrarem-se em setembro exemplares juvenis de 13 a 15 cm de comprimento ao largo da costa atlântica da América do Norte.

A espécie é um predador de topo que se alimenta pela captura de diversos membros das famílias Scombridae, Atherinidae e Clupeidae e ainda de Alosa pseudoharengus e muitas outras espécies de peixes e cefalópodes.

A espécie é objecto de uma importante pescaria comercial, sendo capturada em conjunto com os atuns, mediante a técnica de pesca de corrica. Por ser muito oleoso não é considerada uma boa espécie para consumo em fresco, mas é muito procurado pela indústria conserveira.

Referências

  1. «Sarda sarda (Bloch, 1793)». Naturdata - Biodiversidade em Portugal. naturdata.com. Consultado em 24 de dezembro de 2021
  2. Infopédia. «sarrajão | Definição ou significado de sarrajão no Dicionário Infopédia da Língua Portuguesa». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 29 de junho de 2021
  3. «Sarda sarda - Página de Espécie • Naturdata - Biodiversidade em Portugal». Naturdata - Biodiversidade em Portugal. Consultado em 20 de janeiro de 2022
  4. a b c Martins, Rogélia (2018). Manual de Identificação de Peixes Ósseos da Costa Continental Portuguesa – Principais Características Diagnosticantes (PDF). Lisboa: IPMA. p. 64. 204 páginas. ISBN 978-972-9083-19-8
  5. a b c d e «Common Names List - Sarda sarda». www.fishbase.se. Consultado em 20 de janeiro de 2022
  6. S.A, Priberam Informática. «sarda». Dicionário Priberam. Consultado em 29 de junho de 2021
  7. a b c Collette, Bruce B. (1983). FAO Species Catalogue. Vol. 2. Scombrids of the world. An annotated and illustrated catalogue of tunas, mackerels, bonitos and related species known to date (PDF). Rome: FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS. p. 54. ISBN 92-5-101381-0
  8. Reiner, Francisco (1996). «Catálogo dos peixes do Arquipélago de Cabo Verde». IPIMAR. Publicações Avulsas do IPIMAR (2): 339. ISSN 0872-914X. Consultado em 20 de janeiro de 2022
  9. Hansen, Jorge Enrique (1986). «Aspectos biológicos y pesqueros del bonito del Mar Argentino (Pisces: scombridae: sarda sarda)». 104 páginas. Consultado em 22 de abril de 2014
  10. «Sarda sarda, Atlantic bonito : fisheries, gamefish». www.fishbase.se. Consultado em 20 de janeiro de 2022
  • Ed. Froese, Rainer; Pauly, Daniel (Março de 2006). «"Sarda sarda. www.fishbase.org (em inglês). FishBase
  • E. C. Raney The Wise Fishermen's Encyclopedia. Atlantic Bonito (1951).
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