Comprehensive Description
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Introdução
As espécies de peixes-agulha encontradas freqüentemente no litoral brasileiro são Hemiramphus balao,
Hyporhamphus krone, Hyporhamphus salvatoris, Hyporhamphus roberti, Euleptorhamphus velox,
Hemiramphus brasiliensis, e Hyporhamphus unifasciatus (SAMPAIO, 1996). Os peixes agulha-preta,
Hemiramphus brasiliensis pertencentes à ordem Beloniformes e à família Hemiramphidae, são encontrados
em todo o Atlântico Tropical. Os peixes agulha-preta contribuem na produção pesqueira do Estado do Rio
Grande do Norte e consistem em um importante elo ecológico na cadeia trófica epipelágica. Os peixes
agulha-preta são presas preferenciais de grandes predadores de alto valor comercial, como os atuns, Thunnus
sp, dourado, Coryphaena hippurus, agulhão, Isiophorus albicans entre outros (PIRES, 1997, ARAUJO &
CHELLAPPA, 2002).
Objetivos
O objetivo do presente trabalho foi verificar a morfohistologia dos ovários do peixe agulha-preta,
Hemiramphus brasiliensis (Linnaeus, 1758) (Osteichthyes: Hemiramphidae) capturados das águas costeiras
de Caiçara do Norte, do Estado do Rio Grande do Norte.
Mate riais e Métodos
A área de estudo foi o município de Caiçara do Norte, situado na zona litorânea norte do Estado do Rio
Grande do Norte (05º03’00” a 05º05’00” Latitude S e 36º 02’00” e 36º 05’00” Longitude O), a 156Km de
Natal. Os exemplares dos peixes agulha-preta foram capturados mensalmente na região epipelágica da costa
de Caiçara do Norte/RN, a seis milhas náuticas. As coletas ocorreram durante o período de agosto de 2003 a
julho de 2004, totalizando 890 exemplares de peixes. Os peixes foram dissecados e as gônadas foram
examinadas para identificar o sexo. As características morfológicas dos ovários foram observadas para
determinação dos estádios de maturação gonadal (VAZZOLER, 1996). Os estádios de maturação dos ovários
foram avaliados macroscopicamente em 436 fêmeas capturadas. A caracterização microscópica dos estádios
de maturação dos ovários foi realizada através de estudos histológicos. Foram feitos cortes histológicos
transversais dos ovários, com porções medianas de aproximadamente 20 mm de espessura das regiões
cranial, mediana e caudal das gônadas em diferentes fases de desenvolvimento gonadal, fixadas em formol a
10% e submetidas ao tratamento histológico pelas técnicas de Hematoxilina-Eosina (MICHALLANY, 1990).
Resultados e Discussão
Os estudos macroscópicos das gônadas indicaram que as fêmeas apresentaram quatro estádios de
desenvolvimento gonadal, sendo imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. Enquanto os estudos
histológicos dos ovários mostraram os estádios imaturo, em maturação I, em maturação II, maduro inicial,
maduro final e esvaziado.Através da análise macroscópica foram encontrados os seguintes estádios de
maturação dos ovários: imaturo, em maturação I, em maturação II, maduro inicial, maduro final e esvaziado.
As gônadas das fêmeas em maturação ocuparam 1/3 da cavidade celomática, enquanto ovários maduros
ocuparam 2/3 da cavidade celomática, com aspecto túrgido e maior número de ovócitos grandes e visíveis a
olho nu. A análise microscópica das gônadas realizada através de estudos histológicos evidenciou estádios
imaturos, em maturação I, em maturação II, maduro e esvaziado, com seis fases de desenvolvimento. O
estádio imaturo evidenciou ovários pequenos, filiformes, translúcidos sem vascularização, lamelas ovígeras
estreitas e recobertas por células básofilas, com ovócitos do estoque de reserva (Fase II) e ninhos de células
germinativas (ovogônias). No estádio em maturação I foram encontrados ovários maiores em tamanho,
ocupação de 1/3 da cavidade celomática e vascularização denotativa de fase de maturação inicial, com
ovócitos de estoque de reserva (Fase II) e alguns ovócitos com vitelogênese lipídica (Fase II). Ninhos de
células germinativas e lamelas ovígeras foram bem visíveis. No estádio em maturação II foram encontrados
ovários bem vascularizados com ovócitos visíveis a olho nu, que representaram a fase de maturação final. Os
diâmetros dos ovócitos foram bem maiores e houve dominância de ovócitos com vitelogênese lipídica e
protéica (Fase IV) e alguns com vitelogênese completa (Fase V). O estádio maduro evidenciou ovários
túrgidos, ocupação de 2/3 da cavidade celomática, com maior número de ovócitos grandes visíveis a olho nu. No estádio maduro inicial houve predominância de ovócitos na Fase V, com vitelogênese completa,
membrana espessa e o citoplasma repleto de grânulos de vitelo. No estádio maduro final houve
predominância de ovócitos na Fase VI, com ovócitos em hialinização e aptos para serem desovados. Os
ovócitos foram bastante irregulares e separados entre si devido à hidratação sofrida pelo citoplasma. No
estádio esvaziado foram encontrados ovários flácidos com um visível aspecto hemorrágico e presença de
folículos vazios com lamelas ovígeras distendidas. No presente estudo foi observada uma fecundidade media
de 3100 ovócit os, com variação entre 2200 a 4000 ovócitos vitelogênicos. A desova foi caracterizada como
total, com eliminação de todos os ovócitos maduros de uma só vez durante um período reprodutivo. A época
de reprodução ocorreu nos meses de janeiro a março e entre maio a julho, demonstrando uma tendência
bimodal de reprodução. A ocorrência de cardumes dos peixes-agulha maduros nas águas costeiras coincide
com a estação chuvosa.
Conclusão
Neste estudo, as características macroscópicas dos ovários apresentaram quatro estádios de desenvolvimento
gonadal, sendo imaturo, em maturação, maduro e esvaziado. Enquanto as características microscópicas
permitiram estabelecer seis estádios de desenvolvimento gonadal para as fêmeas: imaturo, em maturação I,
em maturação II, maduro inicial, maduro final e esvaziado. A desova foi caracterizada como total, com um
período de desova em dois picos, indicativo de uma tendência bimodal de reprodução.
Morphology
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Dorsal soft rays (total): 13 - 14; Analsoft rays: 12 - 13
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Diagnostic Description
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No ridge between nostril and eye (Ref. 26938).
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Biology
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An inshore, surface-dwelling species forming sizeable schools (Ref. 3723). Feeds mainly on sea grasses and small fishes (Ref. 3723). Mainly used as bait for offshore game fishes such as sailfishes and marlins; utilized as a food fish in the West Indies (Ref. 3723).
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Importance
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fisheries: minor commercial; bait: usually; price category: medium; price reliability: reliable: based on ex-vessel price for this species
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Ballyhoo
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The ballyhoo halfbeak or ballyhoo (Hemiramphus brasiliensis) is a baitfish of the halfbeak family (Hemiramphidae). It is similar to the Balao halfbeak (H. balao) in most features. Ballyhoo are frequently used as cut bait and for trolling purposes by saltwater sportsmen.[2][3] The fish is reported to have caused ciguatera poisoning in humans.[4]
Also known as balahu, redtailed balao, and yellowtail ballyhoo, ballyhoo can be seen above the waters skimming the surface to escape from their predators. The appearance is similar to skipping stones on the water.
Description
The body shows typical halfbeak shape with an elongated lower jaw and cylindrical elongated body.[4] They have no spines on fins, but do have 13-14 rays of their dorsal fins and 12-13 rays on their anal fins.[4] The longest recorded Jumping halfbeak was 55 cm long, but most do not exceed 35 cm. There is no ridge between nostril and eye. It feeds mainly on sea grasses and small fish.[4]
Distribution and habitat
Ballyhoo is distributed in tropical-warm temperate latitudes on both sides of the Atlantic.[1] In Florida, USA, they inhabit shallow bank areas or grassflats associated with coral reefs.[5][6]
References
-
^ a b Collette, B.; Polanco Fernandez, A.; Aiken, K.A. (2015). "Hemiramphus brasiliensis". IUCN Red List of Threatened Species. 2015: e.T15521927A15603430. doi:10.2305/IUCN.UK.2015-4.RLTS.T15521927A15603430.en. Retrieved 20 November 2021.
-
^ McBride, Richard S., Lisa Foushee, and Behzad Mahmoudi. 1996. Florida's Halfbeak, "Hemiramphus" spp., Bait Fishery [1] Marine Fisheries Review. 58(1-2): 29-38.
-
^ McBride, Richard S.. 2001. Landings, value, and fishing effort for halfbeaks, "Hemiramphus" spp., in the South Florida Lampara Net Fishery [2] Proceedings of the 52nd Gulf Caribbean Fisheries Institute. 52: 103-115.
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^ a b c d Froese, Rainer; Pauly, Daniel (eds.) (2015). "Hemiramphus brasiliensis" in FishBase. 07 2015 version.
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^ McBride, Richard S., and Justin R. Styer. 2002. Species Composition, Catch Rates, and Size Structure of Fishes Captured in the South Florida Lampara Net Fishery http://spo.nwr.noaa.gov/mfr641/mfr6413.pdf. Archived 2016-12-08 at the Wayback Machine Marine Fisheries Review. 64(1): 21-27.
-
^ McBride, Richard S., Justin R. Styer, and Rob Hudson. 2003. [3] Spawning cycles and habitats for ballyhoo (Hemiramphus brasiliensis) and balao (H. balao) in south Florida Fishery Bulletin 101:583–589.
McBride, Richard S., and Paul E. Thurman. 2003. Reproductive Biology of Hemiramphus brasiliensis and H. balao (Hemiramphidae): Maturation, Spawning Frequency, and Fecundity. Biol. Bull. 204: 57–67. [4]
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Ballyhoo: Brief Summary
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Inglês
)
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The ballyhoo halfbeak or ballyhoo (Hemiramphus brasiliensis) is a baitfish of the halfbeak family (Hemiramphidae). It is similar to the Balao halfbeak (H. balao) in most features. Ballyhoo are frequently used as cut bait and for trolling purposes by saltwater sportsmen. The fish is reported to have caused ciguatera poisoning in humans.
Also known as balahu, redtailed balao, and yellowtail ballyhoo, ballyhoo can be seen above the waters skimming the surface to escape from their predators. The appearance is similar to skipping stones on the water.
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Hemiramphus brasiliensis
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Espanhol; Castelhano
)
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El balajú, agujeta brasileña o escribano de alas rojas es la especie Hemiramphus brasiliensis, un pez marino de la familia hemirránfidos, distribuido por el océano Atlántico, por la costa oeste desde Massachusetts hasta Brasil, incluidos el golfo de México y mar Caribe,[1] ausente en las Bermudas, así como por su costa este desde Cabo Verde y Senegal hasta Angola.[2]
Importancia para el hombre
Es pescado con una importancia comercial escasa, encontrándose en los mercados fresco con un precio medio,[3] utilizado principalmente en algunos sitios como cebo para pesca deportiva.[1] Hay que consumirlo con precaución pues se han descrito casos de envenenamiento por ciguatera.[4]
Anatomía
Con el cuerpo largo y mandíbula inferior más larga que la superior como es característico de la familia. Se ha descrito una captura de 55 cm, pero lo normal es una longitud máxima de 35 cm.[5] No tienen espinas en las aletas,no presenta cresta entre las fosas nasales y el ojo.[6]
Hábitat y biología
Habitan aguas marinas subtropicales, asociado a arrecifes superficiales de menos de 5 metros de profundidad, donde forma cardúmenes grandes, pescados con facilidad con redes de superficie.[1]
Se alimenta de pequeños peces y pastos marinos.[1]
Referencias
-
↑ a b c d Collette, B.B., 1978. «Hemiramphidae». En W. Fischer (ed.) FAO species identification sheets for fishery purposes. Western Central Atlantic (Fishing Area 31), Volume 2. FAO, Roma.
-
↑ Collette, B.B. y N.V. Parin, 1990. «Hemiramphidae». p. 579-582. En J.C. Quero, J.C. Hureau, C. Karrer, A. Post y L. Saldanha (eds.) Check-list of the fishes of the eastern tropical Atlantic (CLOFETA). JNICT, Lisboa; SEI, París; y UNESCO, París. Vol. 2.
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↑ Sumaila, U.R., A.D. Marsden, R. Watson y D. Pauly, 2007. «A global ex-vessel fish price database: construction and applications». J. Bioeconomics 9:39-51.
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↑ Dammann, A.E., 1969. «Study of the fisheries potential of the Virgin Islands». Special Report. Contribution No. 1. Virgin Islands Ecological Research Station.
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↑ Collette, B.B., 1981. «Hemiramphidae». En W. Fischer, G. Bianchi y W.B. Scott (eds.) FAO species identification sheets for fishery purposes. Eastern Central Atlantic (Fishing Areas 34, 47 (in part)). Volume 2. Department of Fisheries and Oceans Canada and FAO. Roma.
-
↑ Smith, C.L., 1997. «National Audubon Society field guide to tropical marine fishes of the Caribbean, the Gulf of Mexico, Florida, the Bahamas, and Bermuda». Alfred A. Knopf, Inc., Nueva York. 720 p.
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Hemiramphus brasiliensis: Brief Summary
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Espanhol; Castelhano
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El balajú, agujeta brasileña o escribano de alas rojas es la especie Hemiramphus brasiliensis, un pez marino de la familia hemirránfidos, distribuido por el océano Atlántico, por la costa oeste desde Massachusetts hasta Brasil, incluidos el golfo de México y mar Caribe, ausente en las Bermudas, así como por su costa este desde Cabo Verde y Senegal hasta Angola.
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Hemiramphus brasiliensis
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(RLQ=window.RLQ||[]).push(function(){mw.log.warn("Gadget "ErrefAurrebista" was not loaded. Please migrate it to use ResourceLoader. See u003Chttps://eu.wikipedia.org/wiki/Berezi:Gadgetaku003E.");});
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Hemiramphus brasiliensis: Brief Summary
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Basco
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Hemiramphus brasiliensis Hemiramphus generoko animalia da. Arrainen barruko Hemiramphidae familian sailkatzen da.
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Hemiramphus brasiliensis
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Agulha-preto
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Português
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O agulha-preto (Hemiramphus brasiliensis) é uma espécie de peixe-agulha da família dos Beloniformes, distribuído pelo Oceano Atlântico, na costa oeste de Massachusetts ao Brasil, incluindo o Golfo do México e o Mar do Caribe,[1] ausente em Bermudas, bem como a sua costa leste, de Cabo Verde e Senegal a Angola.[2]
É um peixe de pequeno porte muito utilizado como isca na pesca na água salgada.
Referências
-
↑ Collette, B.B., 1978. «Hemiramphidae». En W. Fischer (ed.) FAO species identification sheets for fishery purposes. Western Central Atlantic (Fishing Area 31), Volume 2. FAO, Roma.
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↑ Collette, B.B. y N.V. Parin, 1990. «Hemiramphidae». p. 579-582. En J.C. Quero, J.C. Hureau, C. Karrer, A. Post y L. Saldanha (eds.) Check-list of the fishes of the eastern tropical Atlantic (CLOFETA). JNICT, Lisboa; SEI, París; y UNESCO, París. Vol. 2.
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Agulha-preto: Brief Summary
(
Português
)
fornecido por wikipedia PT
O agulha-preto (Hemiramphus brasiliensis) é uma espécie de peixe-agulha da família dos Beloniformes, distribuído pelo Oceano Atlântico, na costa oeste de Massachusetts ao Brasil, incluindo o Golfo do México e o Mar do Caribe, ausente em Bermudas, bem como a sua costa leste, de Cabo Verde e Senegal a Angola.
É um peixe de pequeno porte muito utilizado como isca na pesca na água salgada.
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Diet
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Inglês
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Feeds mainly on sea grasses and small fishes
North-West Atlantic Ocean species (NWARMS)
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Distribution
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Inglês
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fornecido por World Register of Marine Species
Western Atlantic: Massachusetts, USA and northern Gulf of Mexico to Brazil, including the Caribbean Sea; absent in Bermuda
North-West Atlantic Ocean species (NWARMS)
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Habitat
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Inglês
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An inshore, surface-dwelling species forming sizeable schools.
North-West Atlantic Ocean species (NWARMS)
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Habitat
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Inglês
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nektonic
North-West Atlantic Ocean species (NWARMS)
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