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Répteis

Red-headed Amazon side-neck turtle, James F. Parham, CC-BY-NC-SA
Autor:
Paul D. N. Hebert
Editor:
Mark McGinley

Fonte:
Enciclopédia da Terra

Traduzido Por:
Paulo Mateus, Universidade Federal Rural de Pernambuco, UFRPE, Brasil



Introdução
Os répteis não formam um grupo evolutivamente distinto como as aves e os mamíferos. Em vez disso, a classe Reptilia é formada por quatro ordens muito diferentes umas das outras. Por exemplo, lagartos estão mais relacionados aos pássaros do que ás tartarugas! Como resultado, os répteis são mais definidos por aquilo que eles não são, do que por aquilo que eles são.

As espécies viventes da classe Reptilia são colocadas em quatro ordens. A Ordem Testudine contém as tartarugas, a Ordem Squamata contém os lagartos e serpentes, a Ordem Crocodylia contém os jacarés, crocodilos e gaviais, e a Ordem Rhynchocephalia contém as tuataras, animais muito parecidos com os lagartos.

Ao contrário das aves e mamíferos, répteis não possuem penas nem pelos, mas escamas. Estes animais não podem ser confundidos com os anfíbios, uma vez que os répteis possuem uma pele seca e à prova d’água, assim como seus ovos. Também apresentam fertilização interna e sistemas circulatório, respiratório, excretor e nervoso mais avançados, em detrimento dos anfíbios.

Os répteis evoluíram de anfíbios labirintodontes há 300 milhões de anos. O sucesso desse grupo de vertebrados se deve em grande parte à evolução de ovos com casca e com grandes quantidade de vitelo, onde o embrião tem um suprimento de água independente. Este avanço, assim como o desenvolvimento da fertilização interna, permitiu aos répteis serem os primeiros vertebrados a cortarem seus laços com a água. Eles radiaram para fora do ambiente aquático diversificando-se rapidamente e tornando-se a forma dominante de vida no planeta durante a Era Mesozoica, também conhecida como a Era dos Répteis.

Reprodução
Embora o processo de cópula e postura dos ovos difira entre os répteis, eles compartilham a habilidade de produzir um ovo com casca e bastante vitelo. Esta inovação evolutiva os tornou aptos a dominar o ambiente terrestre por 100 milhões de anos. Alguns lagartos e serpentes foram um passo adiante, evoluindo a habilidade de reter seus ovos internamente até o momento do nascimento, dando origem a jovens totalmente desenvolvidos (isto recebe o nome de ovoviviparidade).

A maioria dos répteis, contudo, põem ovos que possuem cascas resistentes à seca. Internamente, o âmnion recobre o embrião em um ambiente úmido e protegido e o alimento é fornecido ao embrião através do saco vitelínico, enquanto isso, os resíduos metabólicos são armazenados pelo alantoide. Cuidado parental é muito raro entre os répteis. Na maioria das espécies, o jovem é independente desde o momento em que nascem.

Pecilotérmicos
Répteis são animais pecilotérmicos, o que significa que eles não conseguem regular o calor do corpo internamente (ao contrário dos mamíferos e das aves, que são homeotérmicos). Contudo, o termo “sangue frio” é um equívoco, porque os répteis podem manter altas temperaturas corporais a partir de fontes externas de calor. Répteis expõem-se ao sol para aumentar a temperatura do corpo ou se escondem em suas tocas ou na água para esfriarem-se. Em latitudes mais ao norte, durante o período de frio, os répteis podem ficar dormentes por períodos de alguns dias até vários meses. Seu metabolismo diminui até que a temperatura aumente.


Este artigo foi adaptado da Enciclopédia da Vida..
Disponível sob CC BY-SA-2

Citação
Biodiversity Institute of Ontario, Paul D. N. Hebert (Lead Author);Mark McGinley (Topic Editor) "Reptile". In: Encyclopedia of Earth. Eds. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and the Environment). [First published in the Encyclopedia of Earth October 9, 2008; Last revised Date May 2, 2011; Retrieved September 27, 2012. Encyclopedia of Earth.