Dione vanillae (denominada popularmente, em língua inglesa, Gulf fritillary;[3] também conhecida popularmente, em português, como Borboleta-pingos-de-prata;[4] até 2019 cientificamente nomeada Agraulis vanillae)[5] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae,[1] nativa do sul dos Estados Unidos e Índias Ocidentais até o norte do Uruguai e Argentina.[6] Foi classificada por Carolus Linnaeus, com a denominação de Papilio vanillae, em 1758.[7] A espécie, antes alocada no gênero monotípico Agraulis, foi realocada em Dione no ano de 2019, no estudo Changes to North American butterfly names, por Jing Zhang et al.; sendo Agraulis posicionado como subgênero.[5][8] Suas lagartas são consideradas praga de algumas espécies de Passiflora, em casos de elevada densidade populacional.[9]
Indivíduos desta espécie possuem as asas com envergadura em torno de 60 a 75 milímetros,[9] de dimensões harmoniosas e de coloração laranja, vistas por cima, com manchas escuras, quase negras, circulares e também acompanhando a venação das asas anteriores. De uma a três destas manchas características, nas asas anteriores, apresentam pontuações brancas em seu interior.[10][11][12] Vistos por baixo, além de mostrar as manchas circulares de centro branco das asas anteriores, em uma área de intenso laranja, sua principal característica é um padrão de manchas em prata que resplandecem na luz, principalmente nas asas posteriores.[13]
Fotografia de A. vanillae se alimentando.
Segundo Adrian Hoskins, borboletas Heliconiinae geralmente são vistas voando em trilhas de florestas úmidas e decíduas, mas também são comumente encontradas em áreas abertas e antrópicas, como clareiras florestais, pastagens, ao longo das margens dos rios e em jardins floridos.[2] Dione vanillae se alimenta de substâncias mineralizadas do solo[14] e de substâncias retiradas de flores como a Lantana camara.[2][15]
Os ovos de Dione vanillae são colocados isoladamente pela fêmea sobre as folhas ou caules de plantas do gênero Passiflora (Maracujá) e são de coloração amarela, em seu início. As suas lagartas são solitárias e, em seu último estágio larvar, apresentam a área dorsal amarelada e faixas marrons, podendo ocorrer indivíduos mais claros ou mais escuros, avermelhados, além de apresentar projeções espiniformes.[16] A crisálida não é uniforme em sua coloração, constituída por diversas tonalidades de castanho-claro, ocre e cinza.[6][9]
D. vanillae possui oito subespécies:[1]
Sobre a subespécie Dione vanillae galapagensis (Holland, 1889), das ilhas Galápagos, um estudo afirma que ela é quase um terço menor (com 5 cm) que sua variação continental e que esta variação de tamanho está provavelmente relacionada à escassez de recursos nas ilhas.[17]
As borboletas Dione vanillae podem ser confundidas com outra espécie do mesmo gênero, Dione juno, por suas manchas em prata. Diferem pelas manchas escuras de ambas as asas, em cima e em baixo.
Fotografia de D. vanillae ssp. lucina; uma subespécie encontrada na Colômbia, Equador, Peru e Brasil amazônico, se assemelhando muito com Dione juno.[4][18]
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(ajuda) Dione vanillae (denominada popularmente, em língua inglesa, Gulf fritillary; também conhecida popularmente, em português, como Borboleta-pingos-de-prata; até 2019 cientificamente nomeada Agraulis vanillae) é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Heliconiinae, nativa do sul dos Estados Unidos e Índias Ocidentais até o norte do Uruguai e Argentina. Foi classificada por Carolus Linnaeus, com a denominação de Papilio vanillae, em 1758. A espécie, antes alocada no gênero monotípico Agraulis, foi realocada em Dione no ano de 2019, no estudo Changes to North American butterfly names, por Jing Zhang et al.; sendo Agraulis posicionado como subgênero. Suas lagartas são consideradas praga de algumas espécies de Passiflora, em casos de elevada densidade populacional.