A cana-do-reino ou cana comum (Arundo donax) é uma espécie de planta com flor pertencente à família Poaceae. A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 1: 81. 1753.[1] É uma alta planta perene, nativa do sul e este da Ásia, e da bacia do Mediterrâneo.[2] Não confundir com a "cana-da-india" originária da China e de nome científico Phyllostachys bambusoides(1).
Cresce por volta dos 4 m a 6 m, raramente passando dos 10 m, com ramos ocos de 2 a 3 cm de diâmetro. As folhas variam entre os 30 a 60 cm de comprimento e entre 2 a 6 cm de largura, de tonalidade verde-acizentado, cujas bases apresentam tufos.
Sua flor brota no verão tardio, nas secções elevadas da planta, com 40 a 60 cm de comprimento, e cujas sementes raramente são férteis. Por outro lado, essa planta reproduz-se por meio de rizomas subterrâneos. Os rizomas são rijos e fibrosos, aparentando nós, a dispersando-se pelo solo a até 1m de profundidade, compondo uma rígida base à cana-do-reino. Acredita-se que seja uma evolução a adequar-se às enchentes frequentes das regiões onde cresce, as quais poderiam enfraquecer e arrancar a planta.
Sua alta taxa de crescimento (5 cm por dia na primavera) requer grandes quantidades de água, disputando cada centímetro de solo com outras espécies vegetais locais.
A cana-do-reino tem sido cultivada pela Ásia (especialmente os Orientes Próximo e Médio), sul da Europa e norte da África por milénios. Os antigos egípcios envolviam seus mortos com as folhas dessa planta, ao passo que sua cana (a qual contém silício) tem sido usada na fabricação de varas-de-pescar, bengalas e papel.
Além disso, sua cana é ao mesmo tempo flexível e forte o bastante para ser usada como palheta para instrumentos de sopro como o oboé, clarinete, saxofone e gaita-de-fole; tal uso é constatado em flautas de mais de 5 000 anos. Para além de objetos como bengalas e varas-de-pesca, o característico crescimento rápido da cana-do-reino sugere que seja uma ótima opção para a produção de biomassa e celulose para papel. Em Portugal esta cana é ainda usada para fazer foguetes e serve também na agricultura para suportes de algumas espécies como o tomateiro e Abobrinha também designada curgete em Portugal. É ainda utilizada para suporte de flores e trepadeiras em vasos.
A cana-do-reino foi introduzida na Califórnia na década de 1820 a fim de fornecer matéria-prima para telhados e controle de erosão por meio da drenagem de canais na área de Los Angeles. Tornou-se popular como planta ornamental e passou a ser cultivada também para a produção de palhetas musicais. A omissão em seu controle e o clima costeiro quente do oeste estadunidense, a tornaram uma espécie invasora de rápida proliferação, ampliando sua área ainda nos dias de hoje. Também passou a ser cultivada na América do Sul e Australásia.[3] Actualmente é invasora em muitas regiões do mundo,[4] incluindo em Portugal.[5][6]
Trata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental, no Arquipélago dos Açores e no Arquipélago da Madeira. Na Madeira, e possivelmente noutras regiões de Portugal, é conhecida por cana-vieira (também grafado canavieira)[7] ou cana-de-roca.[8]
Em termos de naturalidade, foi introduzida em Portugal Continental e nos Arquipélago dos Açores e da Madeira,[9] sendo uma espécie invasora;[10][11]
Não se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia.
A cana-do-reino ou cana comum (Arundo donax) é uma espécie de planta com flor pertencente à família Poaceae. A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 1: 81. 1753. É uma alta planta perene, nativa do sul e este da Ásia, e da bacia do Mediterrâneo. Não confundir com a "cana-da-india" originária da China e de nome científico Phyllostachys bambusoides(1).
Cresce por volta dos 4 m a 6 m, raramente passando dos 10 m, com ramos ocos de 2 a 3 cm de diâmetro. As folhas variam entre os 30 a 60 cm de comprimento e entre 2 a 6 cm de largura, de tonalidade verde-acizentado, cujas bases apresentam tufos.
Sua flor brota no verão tardio, nas secções elevadas da planta, com 40 a 60 cm de comprimento, e cujas sementes raramente são férteis. Por outro lado, essa planta reproduz-se por meio de rizomas subterrâneos. Os rizomas são rijos e fibrosos, aparentando nós, a dispersando-se pelo solo a até 1m de profundidade, compondo uma rígida base à cana-do-reino. Acredita-se que seja uma evolução a adequar-se às enchentes frequentes das regiões onde cresce, as quais poderiam enfraquecer e arrancar a planta.
Sua alta taxa de crescimento (5 cm por dia na primavera) requer grandes quantidades de água, disputando cada centímetro de solo com outras espécies vegetais locais.