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anglais
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Anopheles darlingi Root, 1926, a wild mosquito with anthropophilic habits, which is the main vector of the three Plasmodium species that causes human malaria in Brazil (Tadei et al., 1998). Anopheles darlingi is the main vector of malaria in the Amazon, especially in areas undergoing severe environmental disturbance from the exploitation of natural resources (such as wood, ores, and oil extraction), rural settlement projects, and fish farming (Tadei et al., 2007).
- citation bibliographique
- Costa F M, Tadei W P. Laboratory toxicity evaluation of Diflubenzuron, a chitin-synthesis inhibitor, against Anopheles darlingi (Diptera, Culicidae). J Res Biology. 2011; 6:444-450.
- auteur
- Fabio MEDEIROS DA COSTA (fabiologo)
Anopheles darlingi
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portugais
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Distribuição geográfica. É encontrado em áreas de baixas altitudes, quase sempre associado aos grandes cursos d'água e florestas do interior, mas ocorre também no litoral. Está amplamente distribuído no território sul-americano a leste dos Andes, na Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Paraguai, Argentina, Brasil e nas Guianas. A oeste dos Andes só foi encontrado em Chaco, Colômbia. Sua distribuição é descontínua ao norte da Venezuela, pois esse mosquito tem sido encontrado em áreas centro-americanas entre o sul do México, Belize, Honduras e Guatemala. No Brasil, só não é encontrado nas áreas secas do Nordeste, no extremo Sul (abaixo da foz do rio Iguaçu) e nas áreas de elevada altitude. Biologia. Utiliza as grandes coleções líquidas para o desenvolvimento de suas formas imaturas, tais como: lagoas, açudes, represas e bolsões formados nas curvas dos rios onde há muito pouca correnteza. Seus criadouros são, por excelência, de águas profundas, limpas, pouco turvas e ensolaradas ou parcialmente sombreadas, onde suas larvas e pupas habitam as margens, escondidas entre a vegetação emergente ou flutuante e os detritos vegetais caídos na superfície líquida. Estes criadouros são utilizados, indiscriminadamente, durante todo o ano e, por serem permanentes, funcionam como focos de resistência durante a estação mais seca. Contudo, durante a estação chuvosa, An. darlingi pode empregar uma grande variedade de coleções líquidas de tamanho e profundidade menores, tais como: valas, poças e impressões de patas de animais. É o anofelino indígena mais antropofílico e de comportamento endófilo mais acentuado. Nas áreas rurais da Amazônia, por exemplo, pode atacar mamíferos de grande porte quando estes pernoitam no peridomicílio, mas o faz em número comparativamente menor que o surpreendido sugando o homem (Dea ne et al., 1949; Oliveira-Ferreira et al., 1992). Costuma atacar o homem, dentro das casas, nas horas mais altas da noite. Principalmente em áreas onde as habitações são borrifadas internamente com inseticidas, também pode atacar o homem, em elevada densidade, na imediata vizinhança das casas e nas primeiras horas da noite. Mas há áreas no país, que correspondem à minoria, onde An. darlingi pode ser preferentemente exófago (Guedes et al., 1953; Forattini, 1987; Lourenço-de-Oliveira, 1989). De qualquer modo, nas áreas onde An. darlingi está presente, ele é geralmente o anofelino mais frequente dentro do domicílio (Deane et al., 1948; Dea ne, 1986; Lourenço-de-Oliveira et al., 1989; Klein & Lima, 1990). No passado, quando ainda não se utilizavam os inseticidas residuais aplicados às paredes internas das casas, elevado número de fêmeas de An. darlingi era surpreendido em repouso dentro das habitações, mesmo durante as horas claras do dia. Contudo, hoje, nas moradias borrifadas com DDT e outros inseticidas, sabe-se que a grande maioria das fêmeas deste anofelino parte para o extra domicílio poucos minutos após sua alimentação sanguínea, procurando se abrigar na vegetação densa, cerca de 10 cm de altura do solo. Mas as fêmeas que que porventura repousarem no interior das casas o farão essencialmente à noite e preferencialmente nos dois metros mais baixos das paredes, embora já se tenha observado repousos no teto das moradias dedetizadas (Deane & Damasceno, 1948; Elliot, 1972; Roberts et al., 1987; Deane, 1989; Quinones & Suarez, 1990). Em seu território no Brasil é encontrado picando durante todo o ano, rareando um pouco no final da estação seca e abundando no final da chuvosa, mais propriamente na transição entre as épocas de maiores e menores pluviosi¬ dades (Charlwood & Hayes, 1978; Charlwood, 1980; Klein & Lima, 1990). Aparentemente, as chuvas torrenciais, frequentes durante a estação chuvosa, produzem elevada mortalidade dentre as larvas e pupas de An. darlingi, pois as enxurradas podem arrastá-las das margens dos criadouros, afogando-as e interrompendo o seu desenvolvimento. O ciclo de oviposição de An. darlingi, isto é, o tempo entre cada alimentação sanguínea, parece ser de três dias, incluindo um dia durante o qual as fêmeas paridas descansam antes de retornarem a sugar sangue após a postura (Charlwood, 1980). Tem-se verificado certa variação no ciclo nictemeral de An. darlingi de acordo com a área do território brasileiro e conforme a época do ano. De modo geral, acredita-se que a espécie apresenta apenas um pico de atividade hemato¬ fágica situado em torno da meia-noite ou dois picos crepusculares — um matutino e um vespertino — mas com atividade ininterrupta durante toda a noite (Deane et al., 1948; Forattini, 1962; Roberts et al, 1987; Lourenço-de-Oliveira et al, 1989; Klein & Lima, 1990; Rosa Freitas et al., 1992). A espécie pode ser oportunista e sugar durante o dia, inclusive transmitindo malária, quando humanos se aproximam de seus abrigos e criadouros (Deane, 1989). As variações no ciclo nictemeral da hematofagia e na frequência às habitações humanas exibidas por An. darlingi, somadas às diferenças encontradas no perfil de isoenzimas e nos caracteres dos cromossomos politênicos já assinalados em populações deste anofelino, levaram a suspeitas de que se trate de um complexo de espécies crípticas. Porém, até quanto sabemos, ainda não foram detectadas suficientes diferenças morfológicas, bioquímicas ou moleculares entre populações de An. darlingi que comprovem tal desconfiança (Kreutzer et al., 1972; Rosa-Freitas et al., 1992). Indivíduos com fenótipo aberrante, isto é, apresentando marcação escura nos tarsos III e IV posteriores, têm sido detectados em população centro-americana desse anofelino (Harbach et al., 1993). Relação com a malária. An. darlingi é, sem dúvida, o principal vetor de malária no Brasil. É vetor primário, altamente susceptível aos plasmódios humanos e capaz de transmitir malária dentro e fora das casas, mesmo quando sua densidade está baixa. Na Amazônia, onde a malária humana parece estar praticamente confinada no Brasil, An. darlingi é o anofelino que melhor e mais rapidamente se beneficia das alterações que o homem produz no ambiente silvestre. Assim, a colonização desta região do país, implicando na substituição da floresta por modestas plantações, pastagens ou garimpos, geralmente afasta os anofelinos de hábitos mais silvestres e propicia ambiente muito favorável ao darlingi, provocando grande aumento de sua densidade e, subsequentemente, da incidência do paludismo. Hoje, acredita-se que o grosso da malária humana na nossa Amazônia é transmitido pelo An. darlingi, no peridomicílio e no início da noite. Entretanto, não se despreza a importância da endofagia exibida por esse anofelino, que consiste na única espécie com densidade e frequência suficientes para veicular a moléstia no interior do domicílio. Tem sido o anofelino brasileiro mais frequentemente encontrado naturalmente infectado com esporozoítos de plasmódio e sua distribuição geralmente coincide com as áreas mais atingidas pelo paludismo. Infecções naturais em An. darlingi têm sido reportadas, desde a década de 1930, em numerosas localidades brasileiras, em algumas das quais é o único transmissor importante. An. darlingi é o único anofelino brasileiro no qual foram detectadas infecções naturais pelos três plasmódios que causam malária humana nas Américas — P. vivax, P.falᬠparum e P. malariae — sendo o mais suscetível, experimentalmente, a esses parasites (Rachou, 1958; Deane, 1986; 1989; Arruda et al, 1989; Klein et al., 1991a, b). Relação com outras enfermidades. An. darlingi já foi encontrado com larvas infectantes de W. bancrofti, em Belém do Pará, onde a endemicidade desta filariose é assegurada pelo Cx. quinquefasciatus. Seu papel na transmissão da fila¬ riose deve ser secundário, ou local (Causey et al., 1945; Rachou, 1956).
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Biology of Anopheles darlingi
(
espagnol ; castillan
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Distribuição geográfica. É encontrado em áreas de baixas altitudes, quase sempre associado aos grandes cursos d'água e florestas do interior, mas ocorre também no litoral. Está amplamente distribuído no território sul-americano a leste dos Andes, na Colômbia, Venezuela, Bolívia, Peru, Paraguai, Argentina, Brasil e nas Guianas. A oeste dos Andes só foi encontrado em Chaco, Colômbia. Sua distribuição é descontínua ao norte da Venezuela, pois esse mosquito tem sido encontrado em áreas centro-americanas entre o sul do México, Belize, Honduras e Guatemala. No Brasil, só não é encontrado nas áreas secas do Nordeste, no extremo Sul (abaixo da foz do rio Iguaçu) e nas áreas de elevada altitude. Biologia. Utiliza as grandes coleções líquidas para o desenvolvimento de suas formas imaturas, tais como: lagoas, açudes, represas e bolsões formados nas curvas dos rios onde há muito pouca correnteza. Seus criadouros são, por excelência, de águas profundas, limpas, pouco turvas e ensolaradas ou parcialmente sombreadas, onde suas larvas e pupas habitam as margens, escondidas entre a vegetação emergente ou flutuante e os detritos vegetais caídos na superfície líquida. Estes criadouros são utilizados, indiscriminadamente, durante todo o ano e, por serem permanentes, funcionam como focos de resistência durante a estação mais seca. Contudo, durante a estação chuvosa, An. darlingi pode empregar uma grande variedade de coleções líquidas de tamanho e profundidade menores, tais como: valas, poças e impressões de patas de animais. Em seu território no Brasil é encontrado picando durante todo o ano, rareando um pouco no final da estação seca e abundando no final da chuvosa, mais propriamente na transição entre as épocas de maiores e menores pluviosi¬ dades (Charlwood & Hayes, 1978; Charlwood, 1980; Klein & Lima, 1990). Aparentemente, as chuvas torrenciais, frequentes durante a estação chuvosa, produzem elevada mortalidade dentre as larvas e pupas de An. darlingi, pois as enxurradas podem arrastá-las das margens dos criadouros, afogando-as e interrompendo o seu desenvolvimento. O ciclo de oviposição de An. darlingi, isto é, o tempo entre cada alimentação sanguínea, parece ser de três dias, incluindo um dia durante o qual as fêmeas paridas descansam antes de retornarem a sugar sangue após a postura (Charlwood, 1980). Relação com a malária. An. darlingi é, sem dúvida, o principal vetor de malária no Brasil. É vetor primário, altamente susceptível aos plasmódios humanos e capaz de transmitir malária dentro e fora das casas, mesmo quando sua densidade está baixa. Na Amazônia, onde a malária humana parece estar praticamente confinada no Brasil, An. darlingi é o anofelino que melhor e mais rapidamente se beneficia das alterações que o homem produz no ambiente silvestre. Assim, a colonização desta região do país, implicando na substituição da floresta por modestas plantações, pastagens ou garimpos, geralmente afasta os anofelinos de hábitos mais silvestres e propicia ambiente muito favorável ao darlingi, provocando grande aumento de sua densidade e, subsequentemente, da incidência do paludismo. Hoje, acredita-se que o grosso da malária humana na nossa Amazônia é transmitido pelo An. darlingi, no peridomicílio e no início da noite. Entretanto, não se despreza a importância da endofagia exibida por esse anofelino, que consiste na única espécie com densidade e frequência suficientes para veicular a moléstia no interior do domicílio. Tem sido o anofelino brasileiro mais frequentemente encontrado naturalmente infectado com esporozoítos de plasmódio e sua distribuição geralmente coincide com as áreas mais atingidas pelo paludismo. Infecções naturais em An. darlingi têm sido reportadas, desde a década de 1930, em numerosas localidades brasileiras, em algumas das quais é o único transmissor importante. An. darlingi é o único anofelino brasileiro no qual foram detectadas infecções naturais pelos três plasmódios que causam malária humana nas Américas — P. vivax, P.falᬠparum e P. malariae — sendo o mais suscetível, experimentalmente, a esses parasites (Rachou, 1958; Deane, 1986; 1989; Arruda et al, 1989; Klein et al., 1991a, b).
Anopheles darlingi: Brief Summary
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portugais
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Anopheles darlingi é um mosquito, hospedeiro e transmissor da malária e o principal vetor de malária no Brasil, pertencente ao género Anopheles, que vive em regiões tropicais e subtropicais, na América Central e do Sul vivendo em áreas de baixas altitudes, preferindo grandes corpos d'água onde tenha muito pouca ou nenhuma correnteza e florestas. A larva utiliza as margens águas, preferencialmente, profundas, limpas, pouco turvas e ensolaradas ou parcialmente sombreadas, se escondendo entre a vegetação ou detritos, mas podendo em períodos mais chuvosos utilizar corpos de água de tamanho e profundidade menores, como poças e buracos feitos por patas de animais.
É o anofelino mais frequente dentro do moradia humana e tem elevado nível de ataques ao homem e associação com a moradia humana, costumando atacar o homem no interior de suas casas, em horário crepuscular.
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