Sternaspidae ist der Name einer Familie kleiner, gedrungener, in Schlamm lebender Vielborster (Polychaeta), die in Meeren weltweit als Detritusfresser zu finden sind.
Die Sternaspidae zeichnen sich durch einen kurzen, gedrungenen Körper mit nur wenigen Segmenten und einer flachen Bauchseite aus, der sich in der Mitte meist etwas verengt und bei 22 Segmenten bis zu 31 mm Länge erreichen kann. Sowohl am vorderen als auch am hinteren Ende sitzen Bündel von Borsten. Die hintersten Segmente sind bauchseitig zu einem zweiteiligen, rötlichen, durch Chitin versteiften und von den hinteren Borsten umgebenen Endschild verschmolzen. Der Körper ist mangels Pigmenten weißlich, die langen, fadenförmigen, in zwei Bündeln rückenseitig am Ende des Körpers sitzenden, stark durchbluteten Kiemen rot gefärbt.
Das Prostomium der Sternaspidae ist deutlich abgesetzt und vorn abgeschnitten, das Peristomium dagegen zu Lippen um den Mund herum reduziert. Antennen und Palpen fehlen ebenso wie Nuchalorgane, während Augenflecken nur bei einigen Arten vorkommen. Die Längsmuskeln sind in vielen Strängen angeordnet, und die Segmentierung ist deutlich. Das erste Segment ähnelt den nachfolgenden und trägt ähnliche Borsten. Der gesamte vordere Körperabschnitt ist einziehbar. Die Parapodien sind an allen Segmenten vor dem Endschild zweiästig, während sie am Endschild nur Notopodia aufweisen, die aus sehr kurzen, abgeschnittenen Zylindern bestehen. Generell sind die Äste der Parapodien kurze, kaum erhabene Papillen, und dorsale, ventrale wie auch anale Cirren fehlen. Die Epidermis-Papillen ähneln denen bei den Flabelligeridae. Die Tiere haben keine Aciculae. Die Borsten sind kapillarförmig oder schwere Stacheln.
Der sackförmige Pharynx ist ausstülpbar, und der Darmkanal ist gefaltet. Die Tiere haben keine Kehlmembran. Das geschlossene Blutgefäßsystem verfügt über kein zentrales Herz. Die Nephridien sind als Mixonephridien ausgebildet, wobei das erste Paar als Nieren dient über die übrigen die Gameten entlassen werden.
Die Sternaspidae sind in Meeren weltweit von flachen Gewässern bis in die Tiefsee verbreitet. Sternaspis scutata ist kosmopolitisch von der Arktis bis zur Antarktis von den Ufern bis in große Tiefen zu finden. Die Tiere leben in sandigen und schlammigen Sedimentböden, wobei sie Meerestiefen von 100 bis 200 m bevorzugen und selten in großer Individuenzahl auftreten.
Die Sternaspidae sind getrenntgeschlechtlich und besitzen hinter ihrem sechsten Segment paarige Keimdrüsen. Soweit bekannt, werden ihre frei schwimmenden Larven von Dotterreserven ernährt und sinken weniger als zwei Tage nach der Befruchtung nieder, um zu kriechenden Würmern zu metamorphosieren. Diese Lebensweise mit nur kurze Zeit schwimmenden Larven ist ein Hindernis für eine kosmopolitische Verbreitung der Arten.
Die Sternaspidae ernähren sich von Detritus, den sie als Substratfresser überwiegend mit Sedimentpartikeln mithilfe ihres ausstülpbaren Pharynx verschlucken und dann verdauen, während die mineralischen Bestandteile unverändert ausgeschieden werden.
Die Tiere liegen mit dem Kopf nach unten im Schlamm, so dass die Kiemen an der Sedimentoberfläche liegen und so mit Sauerstoff versorgt werden.
Die Sternaspidae zählten lange als monogenerische Familie mit der einzigen Gattung Sternaspis Otto, 1820, doch wurden 2013 von Sendall & Salazar-Vallejo zwei neue Gattungen mit mehreren Arten beschrieben: Caulleryaspis und Petersenaspis.
Die 37 Arten der Familie Sternaspidae werden auf 3 Gattungen verteilt:[1]
Sternaspidae ist der Name einer Familie kleiner, gedrungener, in Schlamm lebender Vielborster (Polychaeta), die in Meeren weltweit als Detritusfresser zu finden sind.
Sternaspidae, commonly known as mud owls,[2] are a family of marine polychaete worms with short swollen bodies. They have a global distribution and live buried in soft sediment at depths varying from the intertidal zone to 4,400 m (14,400 ft).[2]
Members of this family have oval or dumbbell-shaped bodies with a small number of segments, the prostomium often being separated from the rest of the body by a narrower segment. The peristomium is reduced to lips. The first segment of the prostomium, bears the mouth but no antennae, palps or nuchal organ. The first three segments bear rows of chaetae (bristles) and the next seven segments bear lateral bundles of tiny chaetae. The parapodia present on each segment are biramous except for those near the posterior end of the body which are uniramous. On the ventral side of the posterior of the body there are two chitinised calcareous plates forming a shield, the margins of which are rimmed with bundles of capillary chaetae. A number of long, semi-coiled, thread-like gills arise from the base of the shield. The deep yellow or reddish hard shield distinguishes members of this family from other worm groups.[3][4]
This worm lives submerged, head-down in the sediment, with its thread-like gills on the surface, presumably to facilitate oxygen take-up. It is a deposit feeder and the pharynx is eversible. It is presumed that the worm scoops up dollops of sediment with the pharynx and then extracts the nutrients from what is swallowed as the main bulk passes through the long, coiled gut.[3]
The World Register of Marine Species lists the following genera:-[1]
Sternaspidae, commonly known as mud owls, are a family of marine polychaete worms with short swollen bodies. They have a global distribution and live buried in soft sediment at depths varying from the intertidal zone to 4,400 m (14,400 ft).
Sternaspidae Carus, 1863[1] é uma família de poliquetas de corpo curto e arredondado. Os membros desta família estão distribuídos por todo o globo, vivendo enterrados em regiões de substrato macio, como areia, em profundidades que variam da zona entremarés até 4.400 metros de profundidade[2].
Os membros dessa família apresentam corpo de forma ovalada e com pequeno número de segmentos, com a região anterior, chamada nesse caso de introverte, estando separada do resto do corpo por um segmento mais afilado e sendo capaz de se retrair para dentro do resto do corpo. A boca se encontra no primeiro segmento do corpo, chamado de prostômio, o qual, na família Sternaspidae, não possui antenas, palpos ou órgãos nucais. O segundo segmento do corpo, chamado de peristômio, é reduzido nessa família à lábios, que se encontram ao redor da boca. Os primeiros três segmentos após o peristômio apresentam bandas de cerdas em forma de gancho, voltadas para frente, enquanto que os outros segmentos apresentam pequenas cerdas extremamente conspícuas. Os parapódios destes animais são em geral birremes, com presença de alguns parapódios unirremes nos últimos segmentos do corpo[2][3].
Na superfície ventral da área posterior do animal, há a característica que define a família Sternaspidae, um escudo com coloração que pode variar entre tons de vermelho, amarelo, laranja ou até mesmo azul, formado por duas placas calcárias quitinizadas, cujas margens apresentam bandas de longas cerdas, voltadas para trás. Da base do escudo, na superfície dorsal, se localizam as brânquias do animal, na forma de longos filamentos[2][3].
Os membros de Sternaspidae vivem enterrados no substrato, formando galerias, com sua região anterior voltada para baixo e a posterior voltada para cima, presumi-se que esta posição "de cabeça para baixo" esteja associada com as brânquias se encontrarem na região posterior do animal, desta forma, nessa posição o animal mantém suas brânquias mais próximas da área externa, o que favorece as trocas gasosas[2][3].
Os esternaspídeos são, em geral, comedores de depósitos, se alimentando da matéria orgânica enterrada. Utilizam a introverte como meio de escavar suas galerias, expandindo-a de maneira que as cerdas, que atuam como ganchos, se prendam ao sedimento e, ao retrair a introverte novamente, puxe o resto do corpo do animal, permitindo, assim, sua locomoção[2][3].
Atualmente, são aceitos três gêneros na família Sternaspidae, sendo eles Caulleryaspis, Petersenaspis e Sternaspis[4].
Ambos os gêneros Caulleryaspis e Petersenaspis foram descritos por Kelly Sendall e Sergio I. Salazar-Vallejo, ambos em 2013[2], nos quais são aceitas 4 espécies, no caso de Caulleryaspis[5], e 3 espécies, no caso de Petersenaspis[6].
Já o gênero Sternaspis foi descrito por Adolfus Guilielmus Otto em 1820[7], no qual são aceitas 30 espécies[8].
Sternaspidae Carus, 1863 é uma família de poliquetas de corpo curto e arredondado. Os membros desta família estão distribuídos por todo o globo, vivendo enterrados em regiões de substrato macio, como areia, em profundidades que variam da zona entremarés até 4.400 metros de profundidade.