Heraclides torquatus é uma borboleta neotropical da família Papilionidae e subfamília Papilioninae, encontrada do México até a Argentina[2] (com exceção do Chile e Uruguai), incluindo Trindade e Tobago.[3] Foi classificada por Pieter Cramer, com a denominação de Papilio torquatus, em 1777. Suas lagartas se alimentam de plantas Rutaceae do gênero Citrus.[2]
Esta espécie possui grande dimorfismo sexual, com a fêmea possuindo asas de coloração mais escura, com ou sem mancha branca[4] na asa anterior (mimetizando borboletas Parides, como Parides sesostris).[5][6] O macho possui, visto por cima, tom geral castanho enegrecido com uma faixa contínua de um amarelado ou quase branco, característica, cruzando as asas anteriores e posteriores e apenas interrompida por outra faixa de mesma coloração, mais ou menos oval, próxima ao topo das asas anteriores.[7][8] Ocelos de margem superior vermelha podem ser vistos na região interna das asas posteriores, próximos ao abdome do inseto.[7] Tal padrão de coloração do macho é encontrado também na espécie amazônica, mais rara, Heraclides garleppi.[5] Ambos os sexos possuem ondulação na borda das asas posteriores e um par de caudas espatuladas.[1] O lado de baixo difere por ser mais pálido e amarelado, mostrando uma cadeia de manchas avermelhadas próximas à região central das asas posteriores.[1][9][10]
As duas borboletas centrais, acima (em vista superior) e abaixo (em vista inferior), são ilustrações do macho de H. torquatus, retiradas do livro De uitlandsche kapellen: voorkomende in de drie waereld-deelen Asia, Africa en America = Papillons exotiques des trois parties du monde, l'Asie, l'Afrique et l'Amérique, de Pieter Cramer e Caspar Stoll (Plate CLXXVII, 1779).
As borboletas são avistadas visitando flores, das quais se alimentam do néctar.[9] Embora preferencialmente habitem floresta primária, elas podem ser encontradas em ambientes diversos, como em florestas secundárias ou em pastos e em altitudes de até 700 metros. As fêmeas são vistas com muito menos freqüência e apreciam locais sombrios, os machos são vistos frequentemente em praias de rios ou faixas de umidade do solo, onde possam sugar substâncias minerais.[10] Às vezes eles são vistos individualmente, mas é mais frequente avistá-los em grupo.[5][11]
Heraclides hectorides se alimenta de plantas da família Rutaceae e gênero Citrus, em sua fase larval.[2] Suas lagartas são semigregárias, pardo-azeitonadas, com manchas mais claras, assemelhando-se a excrementos de pássaros e colocando para fora um órgão amarelado com odor desagradável, em forma de "Y", na região frontal, quando incomodadas. Sua defesa utiliza ácido isobutírico. A crisálida é esverdeada, com sua camuflagem imitando um galho seco coberto de líquen.[5] Ela fica suspensa para cima, por um par de fios.[2]
H. torquatus possui quatro subespécies:[2]
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(ajuda) Heraclides torquatus é uma borboleta neotropical da família Papilionidae e subfamília Papilioninae, encontrada do México até a Argentina (com exceção do Chile e Uruguai), incluindo Trindade e Tobago. Foi classificada por Pieter Cramer, com a denominação de Papilio torquatus, em 1777. Suas lagartas se alimentam de plantas Rutaceae do gênero Citrus.